terça-feira, 4 de outubro de 2011

Convite

Olá, Pessoal!
Vejam o convite que recebemos do Henrique Seiji Sato (turma de 2010). Vamos encarar o desafio?

É com grande satisfação que lançamos a Olimpíada de Química do Estado de São Paulo OQSP-2012, tendo como tema "Um mundo melhor com a Química", em consonância como o tema do Ano Internacional da Química, que transcorre em 2011. Nove mil cartazes e 9 mil folders seguem pelo correio para milhares de escolas cadastradas (basta enviar endereço postal para abqsp@iq.usp.br).

Os professores de cada escola (pública ou privada) tem até 24 de novembro para selecionar e inscrever na OQSP-2012 as 2 melhores redações dos seus alunos de 1ª série e duas dos de 2ª série do ensino médio.

Nas férias de fim de ano, meia centena de professores doutores em química vai avaliar as redações inscritas na OQSP-2012 e selecionar as 100 melhores. Em março de 2012, seus autores serão convocados para o exame da Fase Final, programada para 2 de junho de 2012, no IQ-USP, quando disputarão os R$6 mil em prêmios na Fase Final. Aos 100 autores se somarão os melhores "treineiros" de FUVEST (Exatas e Biológicas) e os vencedores da ORQ (USP-Ribeirão Preto) e do Torneio Virtual de Química.

Aproveitamos para convidar professores, alunos e demais interessados para o Ciclo de Palestras Semanais: QUÍMICA PARA TODOS no Instituto de Química da USP. A entrada é franca e é permitido o comparecimento avulso em palestras escolhidas na programação.

Nos dias 16 a 24/09, os estudantes paulistas Tábata C. A. de Pontes --que já conquistou medalha de bronze na 43th International Chemistry Olympiad (foto)-- e Daniel Arjona de Andrade Hara, compuseram, juntamente com os cearenses Raul Bruno Machado da Silva e Davi Rodrigues Chaves a Delegação Brasileira na Olimpíada Ibero-americana de Química, cujo resultado será anunciado nos próximos dias.

Em 27 de agosto passado foi aplicada em todo o país a prova da Olimpíada Brasileira de Química. Os resultados são aguardados ansiosamente pelos participantes, sendo grande a expectativa dos paulistas que reforçaram sua preparação entre 11 a 16 de julho passado na Escola Olímpica de Química.

No próximo dia 01 de outubro às 14h, será aplicado, em todo o país, o exame da Fase II da Olimpíada Brasileira de Química Júnior. Algumas centenas de finalistas farão a prova no Instituto de Química da USP.

Cordialmente,

Henrique Seiji Sato
Aluno de graduação do IQ-USP
henrique.sato@usp.br
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A Olimpíada de Química do Estado de São Paulo é promovida pela Associação Brasileira de Química – Regional São Paulo e realizada por uma equipe de meia centena de Profs. Doutores em Química, tendo como patrocinadores, ABICLOR, BRASKEM, BASF, CRQ-4ª Região, DOW e Univ. Presb. MACKENZIE; conta também com o apoio do Instituto de Química da USP, da FUVEST e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Para descadastrar-se ou cadastrar escolas e colegas nesta lista, escreva para abqsp@iq.usp.br.

26 comentários:

  1. Isso é a cara do Seiji, mas é um desafio válido. E que os interessados se manifestem, resta pouco tempo!

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  2. Estou ansioso por noticias ^^.

    P.s. Ignorem os erros de concordância presentes no texto e a ausência da foto. Não aprendi a mexer direito no computador e digitei o texto de madrugada.

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  3. Seiji,
    O pessoal está meio devagar... acho que vou pegar os possíveis interessados pelo corredor. Aguarde.
    Um abraço!
    Julia

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  4. Não esqueça de avisar sobre o prêmio de 6 mil para os vencedores . Não é o mais importante mas é um grande incentivo x3.

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  5. Huum! Não sei....A prova é feita aonde??

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  6. Não sei ao certo, mas as finais são no IQ USP, pelo que eu entendi. Seria necessário "cadastrar" a escola na olimpíada ou visitar o site para maiores informações.

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  7. As vezes me perguntam por que estudar química....bem, ai vai uma (nem tão breve) resposta:

    "O desejo de obter conservas de vegetais com uma agradável cor esverdeada, levava aos fabricantes do produto e donas de casa recorrerem a técnicas nada saudáveis.

    No ano de 1852 o jornal londrino de medicina – The London Lancet – lançava um alerta sobre a presença de elevadas quantidades de cobre em conservas.

    A origem da contaminação por cobre poderia ser da inocente e perigosa dica de um popular livros de receitas da época, que sugeria o uso de uma pequena moeda de cobre durante o cozimento ou então o descanso do produto durante algumas horas em um recipiente de bronze ou latão (ligas que contém cobre). Como também a contaminação poderia ser intencional, com a adição sais de cobre ou cozimento em recipientes deste metal para obter a desejada cor esverdeada nos vegetais em conserva.

    Referências da época indicam que os testes para detectar cobre na conserva poderiam utilizar amônia, que revelaria pela cor azulada da solução a presença do cobre em quantidades não adequadas para o consumo; ou então em casos extremos o teste poderia ser feito até com uma agulha metálica (ferro) imersa na conserva, que após algumas horas ficaria recoberta com uma camada de aparência acobreada. Tal camada ocorreria pela redução dos íons cobre presente em solução e consequente depósito do metal sobre a superfície da agulha.

    Atualmente a contaminação por cobre nos alimentos ainda é motivo de preocupação, mas os níveis são bem menores e as técnicas de detecção muito mais sensíveis."

    Ou seja, um bom motivo para se estudar química é verificar a credibilidade das "fofocas" (me faltou a palavra adequada) e evitar uma contaminação por cobre, por exemplo.

    Falando sério, a química nos fornece uma cultura mínima (assim como todas as demais disciplinas ministradas até o fim do ensino médio) necessária para sobrevivermos no mundo moderno.

    Discordem o quanto quiserem, mas depois que forem internados no hospital por terem ingerido uma mistura de ácido clorídrico e hidróxido de sódio com a finalidade de obter sal de cozinha porque estavam com preguiça de ir comprar no mercado, não me culpem.

    Fontes:
    A Treatise on Adulterations of Food and Culinary Poisons
    Fredrick Accum
    Salt: a world history
    Mark Kurlansky

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  8. A edição do mês de novembro (2011) da revista Scientific American Brasil trás como capa a interessante matéria sobre ´Os 10 grandes mistérios da química´, que são:
    - Como a vida começou?
    A origem da vida além de ser uma questão para os biólogos, é tema de desafio para os químicos.
    - Como as moléculas se formam?
    Ainda existem fronteiras a serem desbravadas no entendimento profundo das interações químicas.
    - Como o ambiente influi em nossos genes?
    - Como o cérebro pensa e como forma a memória?
    As lacunas sobre o funcionamento da memória provavelmente serão preenchidas pela química.
    - Quantos elementos existem?
    O questionamento é se existe um limite para a estabilidade de elementos com números atômicos cada vez maiores.
    - É possível construir computadores de carbono?
    Seriam os grafenos, fulerenos e nanotubos apenas promessas?
    - Como extrair mais energia do Sol?
    O segredo para responder esta pergunta estaria no equilíbrio entre a eficiência e o custo de produção.
    - Qual a melhor maneira de produzir biocombustíveis?
    Novamente o desafio de otimização energética dos processos químicos.
    - Podemos vislumbrar novas formas de produzir medicamentos?
    Por onde começar em uma pesquisa sobre produção de fármacos? Em uma abordagem direta ou ampla?
    - Podemos monitorar nossa própria química?
    Até que ponto conseguiremos avançar na tecnologia de sensores?

    Certamente a revista não responde tantas dúvidas, mas formular uma boa pergunta já é um grande avanço.

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  9. Oi, Seiji!
    De novo! Muito obrigada pelas suas contribuições.
    Você diz que não é "sua praia", mas - como já te apontei - você vai acabar como professor e não é praga não. A sua visão, curiosidade, desejo por respostas é típico de um mestre. Parabéns! Isso é uma dádiva!

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  10. Seria legal ser professor, com algumas condições:
    (1) Só ter alunos interessados e educados.
    (2) Ter total liberdade para realizar minhas pesquisas.
    (3) Ser reconhecido pelo meu esforço.

    Mas também, não quero ser aquele professor com aulas entediantes e acho que não tenho o DOM de passar conhecimento.....embora eu até goste xD.

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  11. Esses são os desejos de todos os professores!
    Mas com o tempo você irá perceber que "atingir" apenas alguns alunos, apesar de todo o trabalho, tempo dispensado, stress, etc. são compensadores.
    E a faculdade? Vai ter natal?
    Um abraço!
    Julia

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  12. Gostaria de saber se as inscrições ainda estão abertas e se são válidas para alunos do 1EM. Abs

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  13. Bem, como já foi dito acima, as inscrições das redações vão até o dia 24 de Novembro, logo ainda há tempo. É necessário, porém, que a escola se "cadastre" na Olimpíada entrando em contato com os organizadores através do e-mail fornecido na mensagem "Convite", que originou este tópico.

    Também é possível, e considero uma forma de ingresso mais fácil, utilizar a fuvest para participar da olimpíada. Infelizmente, por erro meu, postei o convite muito tarde e não é mais possível se inscrever para a fuvest e consequentemente para a olimpíada através desse meio.

    A forma de ingresso pela fuvest é simples: Os melhores alunos do 1º e 2º ano do ensino médio inscritos como treineiros na área de biológicas ou exatas estão automaticamente convidados a participarem da olimpíada.

    Resumindo, ainda há tempo para as inscrições, porém apenas pelo envio da redação. Aconselho que os interessados leiam o convite com grande atenção para que fiquem cientes das informações gerais da "competição".

    Qualquer dúvida, peço que entrem em contato comigo através do e-mail henrique.sato@usp.br ou henrique6684@hotmail.com.br.

    Também possuo livros da graduação que podem vir a ser muito uteis para o preparo para a mesma. Posso emprestá-los sem problemas.

    Abraços.

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  14. A faculdade vai daquele jeito.....pelo menos minha média está em 7,8.... acho que orgânica não é pra mim.....(média 3 T_T)

    Estou pensando em ir pra área de bioinorgânica e catálise. Os metais de transição e a forma como atuam no sitio ativo de proteínas é no mínimo fascinante, e poder aplicar a base disso para fins industriais seria incrível.

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  15. Oi, Seiji!
    Acho que você ainda não "pegou o jeito" da orgânica, um dia desses vamos conversar sobre os seus métodos de estudo.
    Um abraço!
    Julia

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  16. Obrigada pelas informaçoes Seiji, me foram muito úteis. Já conversei com a Prof.Julia e me organizarei para o desenvolvimento da redação. Seria interessante a utilização dos livros, porém como o prazo já está curto, eu gostaria de pedir se possível, alguns sites de boa qualidade para dar apoio no desenvolvimento científico. Obrigada pelas informações, e se for melhor, também passo meu e-mail para melhor comunicação beatriz.yordaky@hotmail.com

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  17. Só lembrando que a apresentação, das redações para os interessados em participar da Olimpíada Paulista de Química de 2012, vai somente até o dia 24.

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  18. VIDA LONGA AO BISMUTO:

    Elementos podem ter isótopos com diferentes graus de estabilidade, desde aqueles com meia-vida extremamente curta até tempos de meia-vida absurdamente longos.

    O recorde de longevidade para um decaimento alfa, com medida confirmada, fica com o isótopo que ocorre naturalmente – o bismuto-209. Com a marca de 1,9 x 10^19 anos (ou seja, 19 000 000 000 000 000 000 anos; 19 quintilhões de anos). Para se ter uma ideia, vale lembrar que a idade do Universo é estimada em 13,7 bilhões de anos.

    O que ocorre neste caso é uma passagem do bismuto-209 para o tálio-205, com a emissão de partículas alfas, compostas de dois prótons e dois nêutrons.

    As medidas que confirmaram estes valores de meia-vida foram realizadas por pesquisadores franceses, com participação de Noel Coron e colegas do Institut d’Astrophysique Spatiale, localizado em Orsay.

    O equipamento utilizado foi um bolômetro cintilador que detectava a emissão de particula alfa, atuando por meio de uma medida simultânea de luz e pulso de calor, que eventualmente venham a ser geradas pela interação de alguma partícula com o cristal cintilador presente dentro do aparelho.

    O equipamento usado pela equipe em Orsay era composto por dois detectores, ambos encapsulados em uma cavidade refletora e resfriada até 20 milikelvins. O primeiro detector que continha bismuto-209, germânio e oxigênio apresentava uma leve elevação de temperatura na ocasião de uma absorção de partícula alfa. Tal variação de temperatura era medida por um pulso de tensão proporcional à energia liberada. O segundo detector, feito com um fino disco de germânio, registrava os flashes de luz decorrente das emissões alfa.

    A técnica inicialmente fora idealizada para pesquisas envolvendo matéria escura. A percepção da emissão alfa do bismuto ocorreu durante checagens de rotina no bolômetro para verificar a existência de alguma contaminação. Um decaimento alfa não esperado naquela situação, e não presente em nenhuma tabela de referência, chamou a atenção da equipe. Investigada a origem constatou-se que o sinal decorria do próprio bolômetro que continha o bismuto em sua composição.

    É preciso lembrar que apesar do tempo de meia-vida ser absurdamente longo, não é necessário esperar uma eternidade para verificar a emissão. Pois mesmo uma pequena quantidade de bismuto-209 possui uma considerável quantidade de átomos, e eventualmente algum deles decairá emitindo o sinal.

    Fontes:
    Experimental detection of alpha-particles from the radioactive decay of natural bismuth
    Nature 422, 876-878 (24 April 2003)
    http://dx.doi.org/10.1038/nature01541

    http://physicsworld.com/cws/article/news/17319
    http://findarticles.com/p/articles/mi_m1200/is_18_163/ai_101941095/

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  19. O website
    http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/video/index.html
    contém uma coleção de vídeos da série ´Aí tem química´.

    O projeto tem com o objetivo de demonstrar conceitos de química que podem estar relacionados com a vida cotidiana, o que facilita o entendimento dos conteúdos abordados.

    Infelizmente a qualidade dos videos não é muito boa e, por possuir como foco o grupo infanto juvenil, o contexto das situações é "bobinho" e não há um aprofundamento significativo nos temas abordados.

    De qualquer forma, ainda é um bom jeito e revisar conceitos elementares da Química. Com uma base sólida, conceitos mais complexos como o de equilibrio tornam-se expontaneamente mais simples.

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  20. O YouTube possui uma coleção muito grande de bons vídeos em ciência.

    Uma valiosa coleção é a do canal do National Programme on Technology Enhaced Learning, com mais de 3000 vídeos sobre diversas áreas da ciência.

    Veja a coleção organizada por curso neste link

    http://www.youtube.com/profile_play_list?user=nptelhrd

    Um bom vídeo para quem quer aprender mais sobre termodinâmica é o
    Lecture – 1 Thermodynamics : The Fundamentals Of Energy.

    Este vídeo é mais indicado para aqueles que iniciam um curso de química ou de enganharia. Os conceitos são avançados e é necessário um conhecimento básico de inglês para entender a palestra.

    O palestrante inicia comentando sobre a impossibilidade de máquinas de movimento perpétuo e parte para explanações sobre a seta do tempo, afirmando que as leis da natureza normalmente não fazem distinção entre uma direção “positiva ou negativa” do tempo. Para facilitar o entendimento ele cita Richard Feynmann que diz que para entender esse conceito uma analogia interessante seria filmar algo e depois passar o filme ao contrário, se você percebe que existe algo estranho no filme reverso, é que existe algo que não é reversível no tempo. E é neste ponto que entra a Segunda Lei da termodinâmica.

    O palestrante utiliza o conceito de desordem para conceituar entropia; eu considero isso um pouco problemático, dificultando a compreensão do real significado da entropia. Portanto tenha cuidado ao interpretar o que é dito.

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  21. Oi, Seiji!
    Como você consegue tempo para vasculhar tantos arquivos? Depois você precisa me contar o seu segredo. Agradeço às suas contribuições e espero que você continue estimulando o prazer pela ciências.
    Um abraço!
    Julia

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  22. Trabalho de Química e sociedade.....essa é parte da bibliografia do meu trabalho.....

    Apenas juntei o útil com o necessário xD

    Passei em inorgânica e físico-química sem fazer as provas finais \o/!!!!

    Em compensação provavelmente vou pegar DP em física e orgânica.

    Cálculo eu ainda não passei, mas só preciso tirar 1,3333333 pra passar xP.

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  23. Oi, Seiji!
    Fica tranquilo que DP no 1º ano é comum. Eu não falei que a vida na faculdade era bem diferente? É uma luta meio que solitária, visto que nem todos os professores nos apoiam, né? Mas tenho certeza que você irá superar esta fase com sucesso.
    Ah! Fiz a inscrição da redação de uma aluna do 1º ano na Olimpíadas de Química. Agora é só torcer.
    Um abraço!
    Julia

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  24. Finalizando o ano, nada melhor que homenagear grandes mentes da ciência (nesse caso em especial à Física e à Química). Video dedicado às mulheres cientistas, marcando uma nova ordem social (será?).

    http://revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=71830&bd=2&pg=1&lg=

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  25. Comentário aparte: Passei em todas as matérias ^^!

    E quando sai o resultado daquela redação?

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  26. Resistentes e Flexíveis: Nanotubos de Carbono

    Os nanotubos de carbono são cilindros constituídos de átomos de carbono, organizados de forma à originar formas hexagonais através do tubo; As propriedades de um nanotubo de carbono dependem da forma de como eles são "enrolados". Em outras palavras, embora todos os nanotubos sejam feitos de átomos de carbono (se organizando de forma muito semelhante), eles podem ser muito diferentes em comparação com outros. Isso se deve, principalmente, a tensão originada ao se "fechar" uma folha de carbono.

    Com a organização correta dos átomos, é possível criar materiais centenas de vezes mais fortes que o aço, porem cem vezes menos denso.

    Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um cimento nanoestruturado mais durável, que tem em sua composição 0,5% de nanotubo de carbono. A pequena quantidade do dispositivo é suficiente para melhorar consideravelmente as propriedades mecânicas do material, como a resistência. O processo de incorporação dos nanotubos ao cimento foi desenvolvido pelo professor Luiz Orlando Ladeira, do Laboratório de Nanomateriais do Departamento de Física da universidade mineira, e resultou em uma patente internacional já concedida! “É um processo totalmente original de incorporação, que melhora as propriedades mecânicas do material e não encarece o produto final”, diz o professor Marcos Pimenta, do mesmo departamento, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Nanomateriais de Carbono e de um grupo de pesquisa dedicado ao desenvolvimento e produção desses materiais.

    Outro material inovador obtido por pesquisadores do Departamento de Química da universidade mineira, coordenados pela professora Glaura Goulart Silva, é um polímero flexível indicado para fabricação de tubulações usadas no processo de extração do petróleo. No caso foi usado o poliuretano – polímero tradicionalmente utilizado nesse tipo de tubulação – com a adição de 1% de nanotubo de carbono. “A adição torna o material mais resistente, o que permite o controle da flexão da tubulação”, relata Pimenta. Ainda nessa linha de materiais inovadores, o grupo incorporou nanotubos de carbono a epóxis, compostos usados como adesivos para melhorar a tenacidade e aumentar a temperatura de transição desse material. “A adição dos nanotubos permite trabalhar a temperaturas mais altas.” A ideia é usar o material compósito como cola para revestir tubulações que transportam petróleo no caso de desgaste ou rompimento do material original. Os dois projetos têm parceria com a Petrobras.

    Fonte: Revista Fapesp - Julho de 2010

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